A carta do Rufino António Letra da música – Hebo Imoxi

A carta do Rufino António Letra da música by Hebo Imoxi

Mãe, roubaram a minha infância
Mas quero estar contigo mesmo sem esperança
Neste chão onde me vejo deitado
Vejo os meus 14 anos aí atirados

Este sol intenso parece um castigo
Tão novo que sou já perdi muitos amigos
Ganga, Cassule, Kamulingue de facto
Agora Juliana, Silvio, Inocêncio Matos

Angola é sofrida, sei disso desde menino
Só imagino qual será de muitos o destino
A provisão de serviços públicos actuais
Age de acordo com as elites locais

A economia de enclave após a indepеndência
É produto da guerra e dos petrodólarеs, mãe pensa
A justiça é cega e surda, apriori
Com o sangue de Nfulupinga Lando Victor

É assim que a mídia lava a loiça suja
Para limpar o cú do presidente e a sua corja
Os acordos elitistas parecem robustos em toda lugar
É só vermos quem emagreceu e quem está a engordar

Mesmo sendo criança, já não acredito
Nesse Executivo maldito
Em 75 a partida dos colonialistas
Conjugou com uma guerra imprevista

O que levou ao colapso completo e crucial
Da indústria, economia agrário-comercial
A economia formal e a informal para terem significado
Devem ser duas dimensões de um todo interconectado

A casa das leis trouxe políticas de cocó
Aprovada em uníssono com a arrogância do Nandó
Que desigualdade sem sentido
Causada por um desenvolvimento extrovertido

Obrigado mãe, por ser fruto do teu ventre
Mesmo faminto, vivi do teu olhar comovente
Mãe, a luta me tornou capacitado
A segurança é uma questão de Estado

Um país sem lei, é um país em declínio
Despeço-me em lágrimas, subscrevo Rufino
11.12.2020
Find more lyrics at westlyrics.com

Listen to their music here
WestLyrics.com Amazon Music    WestLyrics.com Apple Music
Disclosure: As an Amazon Associate and an Apple Partner, we earn from qualifying purchases

A carta do Rufino António Lyrics English

Mother, stole my childhood
But I want to be with you even without hope.
On this floor where I see myself lying down
I see my 14 years

This intense sun looks like a punishment
So young that I am already lost many friends
Ganga, Cassule, Kamulingue de facto
Now Juliana, Silvio, Innocent Matos

Angola is suffered, I know this since a boy
I just imagine what the destiny will be
The provision of current public services
AGE according to local elites

The Economy of Enclave after undepsendence
It is product of war and petrodolarins, mother thinks
Justice is blind and deaf, Apriori
With the blood of Nfulupinga Lando Victor

This is how the media washes the dirty dishes
To clean the president’s cú and his
Elitist agreements seem robust everywhere
We just see who lost weight and who is getting fat

Even being a child, I do not believe
In this damn executive
In 75 the match of colonialists
Conjugated with an unforeseen war

Which led to full and crucial collapse
Of industry, agrarian-commercial economy
The formal and informal economy to have meaning
Should be two dimensions of a interconnected all

Casa das Laws brought coco policies
Approved in unison with Nandó arrogance
That unequal inequality
Caused by an extroverted development

Thank you mother, for being the fruit of your belly
Even hungry, I lived from your moving look
Mother, the fight made me empowered
Safety is a matter of state

A country without law, is a declining country
I hurt myself into tears, I subscribe Rufino
11.12.2020
Find more lyrics at westlyrics.com

Hebo Imoxi Lyrics – A carta do Rufino António

Hebo Imoxi

A carta do Rufino António